Air Liquide: Aprendizado online com abordagem humanizada amplia alcance e engajamento nas empresas

Introduzir uma jornada eficiente de aprendizado nas empresas é um dos pilares mais importantes para as equipes de Recursos Humanos. Afinal, ter colaboradores cada vez mais capacitados é vital para a saúde de qualquer companhia. E, há alguns anos, transferir os treinamentos dos palcos e salas de reuniões para as telas tem sido um desafio constante que, indiscutivelmente, foi acelerado com a pandemia. A possibilidade de escolher de que forma atender aos treinamentos não é mais possível hoje em dia. No entanto, mesmo nesse cenário, profissionais de RH conseguiram engajar os colaboradores de suas empresas e levar a eles mais conhecimento, resgatando a eficiência do digital que inclui a conexão, sem deixar o elemento humano.

É o caso de Debora Trevisan, diretora de RH da Air Liquide, indústria química multinacional francesa do segmento de gases industriais e medicinais. Tivemos o prazer de entrevistá-la e entender um pouco mais sobre essa experiência. Há pouco mais de um ano, ela passou a liderar o time de Recursos Humanos com a missão de criar uma cultura organizacional em que o cuidado com as pessoas e o calor humano fossem regra. Com isso, paredes foram de fato colocadas abaixo para dar lugar ao diálogo e à troca de experiências. “Perguntamos aos colaboradores uma palavra para definir o que esperavam do RH e, no meio de uma nuvem delas, uma me chamou a atenção: amor. Estamos falando de pessoas e foi em torno desta palavra que começamos uma grande transformação cultural”.

Aproximação e valorização foram fundamentais para manter centenas de colaboradores engajados e cuidados com a chegada da quarentena. “Ninguém esperava algo tão grande assim, e isso mudou toda a rotina. Trouxe à tona o RH nas corporações exercendo o papel de cuidado das pessoas. Esse momento é de bastante cansaço para todos, o que faz ser ainda mais importante essa abordagem estratégica e humanizada, com foco nas pessoas.”

Nesse processo, Debora e sua equipe têm duas prioridades muito claras. A primeira é manter todos em segurança. A segunda, manter o negócio operando. “Nosso maior desafio é manter as pessoas conectadas e integradas. O negócio precisa andar porque apenas isso garante a continuidade dos empregos”. Iniciativas como linhas de atendimento, happy hour digital e encontros semanais com o CEO foram implementadas e agora fazem parte do dia a dia da Air Liquide no Brasil, com o intuito de cuidar das pessoas por trás dos cargos e funções que mantêm a engrenagem corporativa funcionando. Como consequência de um trabalho incansável de todos, a empresa não precisou desligar nenhum colaborador desde o início da pandemia, nem mesmo suspender contratos ou reduzir jornadas e salários, e esperam carregar esse troféu até o final.

Neste momento em que o office invadiu completamente nossas homes, as pessoas estão passando mais tempo conectadas e, em parte desse tempo, têm sido estimuladas a investir mais energia em aprendizados. “Apesar de ser uma situação desconfortável e que ninguém escolheu, podemos olhar para as oportunidades que ela nos oferece, como a aceleração digital. O modelo de aprendizagem online já tinha sido implementado na empresa, mas cresceu muito com a situação de hoje. Atualmente, oferecemos diversas possibilidades de qualificação e requalificação aos colaboradores. A empresa investiu em um grande programa de melhoria contínua, onde todos os colaboradores terão a oportunidade de fazer cursos que poderão levar para a vida. Dicas de treinamentos online foram disponibilizadas e há um curso de finanças pessoais, por exemplo, que eu e meu filho mais velho estamos fazendo. Saímos de um patamar de duas mil horas por mês para nove mil horas durante a pandemia, e este resultado é incrível, porque o online nos permite potencializar nosso processo de desenvolvimento. A parceria que temos com a EF cresceu ainda mais, à medida que mais colaboradores manifestaram o interesse pelo inglês online”.

Esses números traduzem o desejo de aprimoramento dos colaboradores e foram atingidos usando as mesmas práticas que norteiam todo o RH da empresa: calor humano e abrangência. A primeira atuou na forma de apresentar os cursos online ao público. “Fizemos isso o mais humano possível porque o digital também é humano. Falamos do digital como se fossem máquinas, mas não. São pessoas falando com pessoas através de um canal diferente.”

A segunda prática foi ainda mais determinante nesse processo de transição educacional. Com cerca de 80 filiais no Brasil, um dos feedbacks recorrentes que a equipe de Debora recebia sobre treinamentos era a concentração deles na sede, que fica em São Paulo. Chegava de geografias mais distantes a mensagem de que a vontade de engajar mais em jornadas de inovação também existia e a aprendizagem online democratizou essa necessidade justamente por ser mais flexível e escalável.

“A implantação do programa virtual da Hult EF foi uma quebra de paradigma dentro da Air Liquide porque existiam muitas crenças como, por exemplo, a de que aula online é só para quem tem muita disciplina ou é ruim porque não tem interação. Fomos quebrando essa resistência e trazendo as vantagens do digital para a conversa. Se seu celular ou computador está com você, seu professor de Inglês também está. O conhecimento está presente de forma online com as pessoas em todos os lugares e esse é o momento para tirar proveito dessa oportunidade que a conexão digital nos dá.”