Bayer: Programa de trainee para jovens negros é parte da estratégia da companhia

Mesmo com uma população de 56% de pessoas que se autodeclaram negras, sabemos que uma grande parcela delas não fazem parte do mercado formal de trabalho. Este dado fica ainda mais crítico quando olhamos para as lideranças das empresas brasileiras e internacionais do país, inclusive a Bayer, empresa de Ciências da Vida focada em Saúde e Nutrição com atuação em mais de 80 países.

Foi então quando a companhia lançou o primeiro Programa de Trainees voltado para inclusão de negras e negros com o objetivo de construir um pipeline de profissionais diversos, abrindo espaço para um ambiente cada vez mais inclusivo, inovador e sustentável.

“Nós discutimos qual era a estratégia da empresa no Brasil e, pensando nas lideranças de diversos projetos, entendemos que era preciso dar um importante passo em direção a inclusão”, comenta Marcio Rocha, People Development Manager da Bayer.

O desafio de incluir e desenvolver profissionais negras e negros visando prepará-los para assumirem posições de lideranças estratégicas começou com a identificação de que havia uma necessidade de letrar seus colaboradores para que eles entendessem o novo grupo de trainees como sendo diferente, com histórias e bagagens que são refletidas diretamente no ambiente de trabalho.

Por isso, foi preciso fazer um letramento dos líderes, para calibrar o olhar e o discurso. Assim, eles estão muito conectados com o programa. Conexão essa que gera maior empatia e compromisso com a transformação destes jovens. Rocha explica que o objetivo é garantir que esses jovens façam parte das conversas:

“Não é apenas sobre a diversidade, mas também sobre inclusão. Sobre colocar os negros em cargos de liderança, para que eles possam participar, dar ideias, ajudar na construção do futuro de forma assertiva”.

Cada trainee tem a oportunidade de escolher uma área de atuação e participar de projetos desafiadores e multidisciplinares com alto impacto para a organização, com a supervisão de um gestor. Nesta jornada de 18 meses de programa, o jovem possui uma trilha personalizada, que também leva em consideração o crescimento professional e emocional. Para aumentar ainda mais as chances dos trainees e pensando na demanda da companhia de ter pessoas com inglês nível C1 ou superior em cargos de altas chefia, a Bayer incluiu na trilha de desenvolvimento o estudo da língua inglesa, com horas de conteúdo intenso, aula em grupos internacionais e particulares que simulam cenários da vida real como reuniões e apresentações para melhor prepará-los.

“Ao participar de uma aula em grupo com alunos de diferentes países, não estamos dando apenas acesso a um um networking global, mas estamos permitindo que estes profissionais tenham experiências e contato com culturas diferentes em um ambiente internacional”, complementa Fernando Barreto, Account Director que acompanha a Bayer desde o inicicio do projeto com a Hut EF.

Este é um tema importante para companhia, já que com a retirada do inglês como pré requisito, o programa ficou mais acessível, e apesar do excelente nível de proficiência dos profissionais, ter o apoio de um programa de idiomas aderente a trilha de desenvolvimento permite a vivência da rotina em uma organização multinacional e a imersão em um ambiente digital, colaborativo e internacional.

Os programas de estágio e trainnee, como da Bayer, tem ganhado força como um canal para captação de talentos diversos e também uma oportunidade de transformar através da educação. A boa notícia é que outras empresas também enxergam a diversidade como pauta estratégica e estão dispostos a romper o status quo e promover mudanças no mercado onde atuam.