Na era digital do século 21, a principal vantagem competitiva da empresa global é, inevitavelmente, o conjunto de talentos provenientes de diversas culturas. Além disso, no mundo pós-pandemia, os negócios online fazem parte do “novo normal” da globalização, o que significa que o trabalho será, cada vez mais, realizado por pessoas de diferentes nacionalidades, etnias, valores e crenças.
Segundo o antropólogo norte-americano Edward Hall, “a cultura esconde mais do que revela e, estranhamente, aquilo que esconde, ela esconde melhor de seus próprios participantes”. Isso vai na mesma linha do que diz o filósofo chinês Zhuangzi: “a água é a última coisa que um peixe nota”. Não é de surpreender que a “cultura” seja a última coisa que os seres humanos notam.
Parece que “todos os caminhos levam a Roma”, mas cada caminho é, muitas vezes, um beco sem saída. Portanto, liderar pessoas de diversas culturas é mais crucial e complexo do que nunca. Nós nos desenvolvemos em nossa própria “água”, que contém diferentes substâncias culturais.
Os ocidentais vivem em um mundo de dicotomia, polarizado e avesso a contradições; os orientais vivem em um mundo de harmonia, paradoxal, integrado, holístico e repleto de contradições. A decisão entre seguir o caminho ocidental tradicional ou explorar outra trilha depende de quão culturalmente ágeis os líderes empresariais podem ser para aprender as melhores práticas das filosofias ocidentais e orientais.
Portanto, para atrair e reter os talentos necessários para o crescimento sustentável no mundo multicultural de hoje, os líderes devem se empenhar para melhorar a consciência e a sensibilidade transculturais no local de trabalho, criar equipes multiculturais e desenvolver a capacidade intercultural. A liderança intercultural é essencial para cultivar a “água” da diversidade e da inclusão.