Abordagem do crescente gap de proficiência em inglês

Estratégias de RH para alcançar uma força de trabalho bilíngue – Insights sobre o Relatório EF EPI de 2023 (Índice de Proficiência em Inglês da EF)

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Abordagem do crescente gap de proficiência em inglês

Estratégias de RH para alcançar uma força de trabalho bilíngue – Insights sobre o Relatório EF EPI de 2023 (Índice de Proficiência em Inglês da EF)

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Embora a procura pelo idioma inglês esteja mais elevada do que nunca, existem grandes tendências que podem ser extraídas dos dados coletados durante os 12 anos de nosso relatório EPI e que dão motivos legítimos para que os líderes dos setores de RH e de L&D façam uma pausa antes de reagir.

A necessidade de dominar a língua inglesa continua no chamado mundo VUCA (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo).

A edição 2023 do nosso Índice de Proficiência em Inglês baseia-se em testes realizados por 2,2 milhões de pessoas em 113 países e mostra que a aprendizagem desse idioma ainda é uma necessidade constante no chamado mundo VUCA (acrônimo baseado nas iniciais em inglês para Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade). O relatório deste ano não sugere que a Inteligência Artificial e a tradução por máquina irão substituir a necessidade da aprendizagem de idiomas e ainda indica que tanto as pessoas quanto as empresas reconhecem que o domínio da língua inglesa é um ativo fundamental para construir a confiança necessária para a expressão, comunicação e colaboração – habilidades essenciais para liberar a diversidade de insights, construir relacionamentos mais fortes e melhores conexões, além da capacidade de prosperar em um contexto de perpétuas mudanças.

Surgimento de algumas tendências preocupantes

Embora a procura pelo idioma inglês esteja mais elevada do que nunca, existem algumas grandes tendências que podem ser extraídas dos dados coletados durante os 12 anos de nosso EPI e que devem dar motivos legítimos para que os líderes dos setores de Recursos Humanos e de Aprendizagem e Desenvolvimento façam uma pausa para reagir.

O gap de gênero está aumentando

Antes, a proficiência em inglês das mulheres era uma potência real e uma vantagem competitiva no local de trabalho. No entanto, essa habilidade linguística tem diminuído constantemente nos últimos três anos e as mulheres estão ficando atrás dos homens.

Existe a suspeita de que o direito fundamental de acesso à educação esteja sendo negado às mulheres em algumas partes do mundo.

EPI gender trends

Na verdade, embora possa ser óbvio apontar o local de trabalho como o culpado por essa situação, pois as mulheres ainda são minoria, especialmente em empregos mais internacionais, os gaps de gênero na proficiência em inglês entre pessoas de 18 a 25 anos são três vezes maiores do que entre adultos economicamente ativos. Aparentemente, isso indica que os sistemas educacionais podem ter uma parcela maior da culpa. O Oriente Médio é a única região que conseguiu inverter essa tendência, mas ela continua de forma mais acentuada na Ásia, América Latina e Europa.

Se isto significa que as meninas estão se concentrando em outras matérias nas escolas ou que os rapazes têm vantagem por obter mais apoio e acesso a oportunidades digitais, são questões ainda não respondidas.

O nível de inglês dos jovens está em declínio

A segunda tendência preocupante é queda do nível de inglês dos jovens adultos. Isso sugere que as escolas não estão oferecendo ensino suficiente de idiomas, fazendo com que as universidades e os locais de trabalho tenham que preencher esse gap. A tendência é demonstrada claramente ao lado, apontando que os níveis do conhecimento do idioma são geralmente mais elevados nos grupos mais velhos (21-40 anos) em comparação aos mais jovens (18-20 anos). Essa diferença tem aumentado ainda mais significativamente desde 2000, quando os níveis mais elevados de inglês eram observados nos grupos a partir dos 31 anos.

EPI age trends

Embora a queda na faixa etária dos 18 aos 20 anos tenha sido reduzida, a imensa diferença por idade em nível global é impressionante. Isso pode ser parcialmente explicado pela falta de espaço nos currículos e de recursos para o ensino de línguas nas escolas, mas também pelo efeito das perdas de aprendizagem provocadas pela pandemia de COVID.

Se levarmos em consideração as duas grandes tendências juntas, observamos principalmente um aumento no nível de proficiência nos anos seguintes à conclusão do ensino formal, porém a proficiência em inglês das mulheres em todas as idade ainda está diminuindo. Isso pode sugerir que o local de trabalho é menos equilibrado para as mulheres do que as escolas no que diz respeito ao acesso à aprendizagem. Esse é um grande sinal de alerta e um fator que deve ser discutido pela comunidade de RH. O acesso ao ensino de idiomas é limitado para as mulheres? Ou será que elas não dispõem do tempo necessário para se dedicarem á aprendizagem de línguas no trabalho, já que não podem fazer isso no seu tempo livre, pois ainda arcam, em média, com muito mais obrigações no cuidado dos filhos e trabalho doméstico?

Níveis de proficiência em inglês dos funcionários em início de carreira ainda estão abaixo dos gerentes e executivos

Ao analisar as tendências específicas do setor, observamos que a Europa e a África são as únicas regiões nas quais os funcionários juniores têm um nível de inglês mais forte do que os gerentes e executivos. Na Ásia, é exatamente o contrário. Isso tem implicações óbvias em termos de Diversidade e Inclusão: a falta de habilidade linguística dos funcionários juniores pode criar o chamado “teto de vidro”. Em outras palavras, os possíveis agentes de mudança podem não ter um nível de inglês suficientemente bom para serem incluídos nas conversas.

EPI by seniority
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Nossas recomendações para os setores de Recursos Humanos e de Aprendizagem e Desenvolvimento

1. Aborde o gap de habilidades linguísticas dos jovens em início de carreira

Em um mundo conectado globalmente, impulsionado pela comunicação em língua inglesa, a aprendizagem no local de trabalho é necessária para desenvolver habilidades linguísticas. Como parece ser cada vez mais difícil contratar jovens com o nível adequado de inglês, as organizações precisam incluir esse fator na sua agenda de aprimoramento de habilidades.


2. Garanta igualdade de acesso à aprendizagem de idiomas

Como existe um claro desequilíbrio nas habilidades linguísticas entre homens e mulheres, é essencial garantir que as mulheres tenham igualdade de acesso a um programa de ensino intencional no local de trabalho e que tenham o tempo necessário para se dedicarem a ele. Esse é um enorme potencial ainda inexplorado para operações eficazes, inovação e liderança.


3. Supere a ideia de que a aprendizagem de idiomas é um benefício para os gestores seniores, também considere o seu potencial para promover inclusão e impulsionar mudanças que venham de dentro

O primeiro passo para isso é avaliar quem pode se beneficiar do uso do idioma e em qual nível prático de utilização, testando toda a força de trabalho e identificando lacunas. Esses gaps são oportunidades: analise quem pode agregar valor às estratégias da empresa e comece o programa de ensino de acordo com funções, e não por hierarquia. Se o ensino não for feito dessa forma, impedirá a criação de uma cultura corporativa de diálogo, rica em ideias, e limitará a performance dos funcionários no curto prazo.


4. Incentive seus funcionários a irem além do LMS (Sistema de Gestão de Aprendizagem) para aprender idiomas

O ensino de idiomas tem mais sucesso quando não engloba apenas livros didáticos ou aulas em plataformas, mas também quando é colocado em prática. É importante assegurar que o seu investimento no ensino não apenas forneça aos funcionários um pouco de inglês como base de conhecimento, mas que também desenvolva habilidades ativas para a utilização do idioma. Isso requer que sua força de trabalho receba os estímulos de acordo com o nível de inglês, interesse no idioma e que os funcionários sejam envolvidos em tarefas interativas que promovam a comunicação no mundo real.


5. Explore formas pelas quais sua organização possa desempenhar um papel no aumento do acesso à educação em todo o mundo

A indústria e as empresas de impacto social devem continuar a explorar formas inovadoras de financiar a aprendizagem de idiomas, alcançar aqueles que podem se beneficiar mais e impulsionar a economia dos países. Um exemplo bem-sucedido disso é a parceria tripartite entre a Hult EF Corporate Education, o Conselho de Desenvolvimento de Ruanda e a Fundação Mastercard, em uma iniciativa que oferece um programa de ensino sobre habilidades de comunicação e hotelaria em inglês no país africano.

Testes de proficiência em inglês

O futuro do EF SET

Os dados aqui apresentados foram obtidos graças a 12 anos de aplicação gratuita de testes de idiomas com o EF SET (Standard English Test).

Isso mostra o valor da pesquisa para identificar necessidades emergentes de aprendizagem e garantir um ensino inclusivo de idiomas. A demanda por acesso a testes globais gratuitos está crescendo porque nunca houve tantos estudantes de inglês.

Com a evolução dos métodos de testagem e a necessidade de respostas mais detalhadas, o desenvolvimento mais elaborado do nosso portfólio de avaliação de idiomas é necessário - e isso vai acontecer.

David Bish

David Bish

Diretor de Assuntos Acadêmicos, Hult EF Corporate Education

O Dr. David Bish é um educador com mais de 30 anos de experiência como professor universitário, professor, instrutor de professores, diretor de estudos e escritor de materiais didáticos. Seus interesses de pesquisa se concentram na interseção entre o ensino de idiomas e a tecnologia, especialmente no uso de dispositivos móveis na aprendizagem de idiomas. David trabalhou na EF por 20 anos desenvolvendo materiais didáticos, software e programas de teste e ensino. Como palestrante, David fala com empolgação sobre tecnologia educacional e se apresenta regularmente em conferências internacionais como IATEFL, EUROCALL e TEDx, e seu trabalho foi finalista por duas vezes dos prêmios ELTONs do British Council por inovação no ensino.

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David Bish

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O Dr. David Bish é um educador com mais de 30 anos de experiência como professor universitário, professor, instrutor de professores, diretor de estudos e escritor de materiais didáticos. Seus interesses de pesquisa se concentram na interseção entre o ensino de idiomas e a tecnologia, especialmente no uso de dispositivos móveis na aprendizagem de idiomas. David trabalhou na EF por 20 anos desenvolvendo materiais didáticos, software e programas de teste e ensino. Como palestrante, David fala com empolgação sobre tecnologia educacional e se apresenta regularmente em conferências internacionais como IATEFL, EUROCALL e TEDx, e seu trabalho foi finalista por duas vezes dos prêmios ELTONs do British Council por inovação no ensino.

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