A pandemia trouxe novos processos e formatos para a seleção e contratação de novos talentos que facilitou alguns contatos, mas também alterou a forma como as pessoas se portam. E a ADM tem investido para garantir os candidatos já tenham uma jornada desenhada, mesmo antes de entrarem na organização. "Estamos focados em repensar os nossos processos para criar uma experiência que começe na atração e recrutamento, passando pelo acolhimento através do onboarding, que é muito mais do que uma garrafa ou um crachá e sim fazer a pessoa se sentir abraçada logo na chegada, e o desenvolvimento ao longo do seu tempo dentro da empresa. Fazendo o ciclo completo do colaborador através do employee experience", explica Paixão.
Dentro dessas transformações, a ADM também tem passado por uma quebra no mindset de carreira, ou seja, a empresa não desenvolve mais o colaborador para passar anos dentro dela, mas sim para atender as demandas de hoje e pensar no que ele quer para o seu futuro. Desta forma, as trocas de talentos entre companhias se tornam mais uma forma de sustentar os negócios, porque são compreendidas como agentes que permitem que haja uma mudança constante na forma de pensar e agir dentro e fora do mercado de trabalho.
Porém, existe um grande desafio em relação a geração de oportunidades de desenvolvimento. Ao mesmo tempo em que o crescimento pode ser vertical, horizontal ou diagonal, a criação de demandas por muitos conteúdos permite que sejam abertas diversas trilhas de desenvolvimento pode sobrecarregar as áreas de T&D. Por isso, é preciso incentivar os funcionários a serem protagonistas do seu desenvolvimento profissional e pessoas, e entender que a educação precisa estar no centro dos processos é fundamental para direcionar as jornadas e trazer impacto concreto para as pessoas e as organizações.
E aqui, se fala também em diversidade e como ela precisa fazer parte dessas estratégias. No caso da ADM, o recrutamento mais diverso, com indicação dos próprios colaboradores e o apoio da liderança na criação de um novo processo, permitiu que a empresa torna-se a sua selação mais diversa. Ao mesmo tempo a empresa está revisitando suas vagas, mesmo as que estão com processos abertos, para entender quais são as diretrizes globais e adapta-las para a necessidade de cada local, gestor ou área de atuação.
"Nós lançamos os ERDs, que são um sucesso. Um programa de liderança para mulheres, global e local. E temos metas de recrutamento e selação, com um relatório de quantos candidatos diversos chegaram nas fases finais e se houve um entrevistador diverso ou não. Então, muito mais do que forçar algo, você consegue ver quais áreas você tem oportunidade ou escassez de diversidade", explica Paixão.