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Elas fazem a diferença

Tarsiane Diniz

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Conheça três mulheres que estão impulsionando mudanças em suas empresas e promovendo a criação de espaços que incluem mais talentos femininos na liderança

A representatividade da mulher em altos cargos de liderança vem aumentando ao longo dos anos, mas as dificuldades ainda persistem. Desta forma, as empresas precisam ser cada vez mais propositivas em suas ações. Ou seja, ir além das vagas afirmativas ou das grandes campanhas de marketing e pensar também no dia a dia.

Reunimos três mulheres e profissionais que desempenham diferentes papéis na construção de uma sociedade com mais equidade de gênero para discutir o papel das empresas na aceleração da carreira de talentos femininos a partir do desenvolvimento de um plano consistente e sustentável.

“A diversidade necessariamente caminha junto com a inclusão, porque uma sem a outra deixa a equação sem um fechamento correto. Então, sim, as empresas precisam ser cada vez mais diversas. Mas, elas precisam também pensar em um mecanismo de inclusão dessas pessoas. A pessoa precisa entrar e já se sentir pertencente a esse espaço, ter a liberdade para falar e se sentir confortável para colocar os seus pontos de vista, ser ouvida e respeitada.” compartilha Luciene Rodrigues.

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Luciene Rodrigues, Gerente de Projetos no Movimento pela Equidade Racial (Mover).

Criada no subúrbio carioca, Luciene é um dos exemplos de mulher negra que não se deixou limitar pelas barreiras sociais. Formada em marketing e com MBA em ciências do consumo pela ESPM, ela acumula passagens por grandes empresas como Coca-Cola, L’Oreal e Itaú. Atualmente, a executiva atua como gerente de projetos no Movimento pela Equidade Racial (Mover).

Para Luciene, a educação é uma ferramenta chave para inclusão, porque é através dela que somos capazes de incluir as pessoas dentro das organizações, abrir portas para novas oportunidades e, ao mesmo tempo, capacitar as pessoas com as habilidades fundamentais para o mercado de trabalho do futuro. Porém, é preciso que os poderes público e privado trabalhem em conjunto para que haja uma manutenção constante do acesso à educação e ao mercado de trabalho.

Muito além da ação em torno da capacitação, as empresas têm o desafio de fazer uma mudança cultural com uma revisão completa dos processos, tanto internos para que os colaboradores se sintam acolhidos e parte dessa cultura, quanto externo quando pensamos na busca por novos talentos, sobretudo no caso de grupos minorizados.

De acordo com o relatório Women in the Workplace da consultoria McKinsey, pelo oitavo ano consecutivo, as mulheres estão sendo menos promovidas em relação aos homens rumo ao primeiro passo como líderes – de cargos no nível de entrada para posições de gerência. Para cada 100 homens promovidos a gerentes, 87 mulheres têm esse mesmo crescimento e, no caso de mulheres não brancas, esse número cai para 82.

Em um país onde mais da metade da população se autodeclara preta ou parda, e onde existe a necessidade latente de repensar as estruturas sociais e culturais ainda racistas, as empresas passam a ter um papel fundamental para garantir de que as mulheres negras serão incluídas em todos os ambientes, incluindo o ecossistema em que estão inseridas.

Conversamos também com a Adriana Alves, vice-presidente de Diversidade, Equidade e Inclusão do BNP Paribás, para entender como as empresas podem atuar para acelerar a carreira de mulheres ao tornar a organização e o mercado mais equitativos.

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Adriana Alves, Vice-Presidente de Diversidade, Equidade e Inclusão do BNP Paribás

Com mais de 20 anos de experiência, muitos deles no setor financeiro, Adriana é uma das co-fundadoras do Pacto de Promoção da Equidade Racial, co-fundadora do Grupo ELA, membro do Comitê de Igualdade Racial do Grupo Mulheres do Brasil e do Mentoria Colaborativa Nós Por Elas IVG.

Para ela, o papel da liderança é primordial e sem ele não é possível trabalhar diversidade em nenhum lugar. Porque é um efeito cascata que não flui se a gente não tiver o comprometimento dos líderes no sentido de passar a mensagem de que essa cultura, esse ambiente precisa ser diário. E aqui entra o pertencimento. Muitas das lideranças dão aval para incluírem, mas infelizmente algumas empresas não atuam na transformação da cultura e do ambiente para que essas pessoas uma vez incluídas também sejam acolhidas.

“É preciso sair da zona de conforto. As lideranças precisam aprender, ouvir as pessoas e entender quais são as necessidades reais do mercado, dos seus times e da sociedade. Líderes e organizações deve construir uma rede de troca de experiências, onde possam entender juntos como construir o futuro do trabalho de forma mais diversa, inclusiva e igualitária. Para isso, será preciso que temas complexos e que incomodam sejam tratados como prioridade, para quebrar as resistências e abrir as portas para a inovação”, finaliza.”

O Instituto Coca-Cola trabalha há vinte anos com impacto socioambiental, e nos últimos anos entendeu que possuía uma expertise muito grande para atuar com jovens em situação de vulnerabilidade, focando em empregabilidade desse jovem, ao trabalhar com a inclusão produtiva.

O principal foco é a capacitação de jovens de 16 a 25 anos e tudo começa a partir do desenvolvimento de habilidades sociocomportamentais, como a construção de um planejamento de vida, indo além da carreira, mas garantindo a conexão com o mercado de trabalho. Aproximadamente mais de 100 mil jovens já se formaram na capacitação do Coletivo Online e, junto aos parceiros do Instituto, eles têm acesso as oportunidades de empregabilidade.

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Janaina Oliveira, Desenvolvedora de Parceiras do Instituto Coca-Cola e líder de desenvolvimento do Pacto Coletivo pelos jovens

Segundo Janaina Oliveira, Desenvolvedora de Parceiras do Instituto Coca-Cola e líder de desenvolvimento do Pacto Coletivo pelos jovens, “um dos pilares mais importantes quando se fala de D&I é a educação, uma ferramenta poderosa para aproximar realidades e construir espaços de aprendizagem e ações afirmativas dentro das companhias de forma que exista uma inclusão produtiva de jovens talentos e a criação de times diversos”.

A construção de um ambiente de trabalho com equidade de gênero tem diferentes recortes, e todos eles exigem um olhar dedicado ao contexto de cada talento feminino e um olhar intencional em todas as atividades que compõem as empresas desde a atração até as ações de desenvolvimento e capacitação.

O pertencimento e engajamento são reflexos de uma cultura inclusiva que permite que talentos como Luciene, Adriana e Janaina siguam impactando as suas empresas e sociedade.

Tarsiane Diniz

Tarsiane Diniz

Latin America Communication, Marketing & Social Transformation Director at Hult EF

Marketing, Public Relations, and Social Transformation Professional always willing to bring her creative eye and energy to connect people and common goals.

I believe my career is not about the digital campaigns I launch or the events I host. It's about the positive impact I can generate, about the transformations I lead and the results I produce for my team, the company I work for, and society.

My life trajectory has made me a person who “dreams big”, which makes me see opportunities in all places and people. People can change the world and the differences between us make the world better.

Get in touch on LinkedIn https://www.linkedin.com/in/tarsianediniz

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