A Mercedes vem, nos últimos dois anos, ouvindo seus colaboradores para entender o que cada profissional, de cada área, espera da companhia. O primeiro resultado observado foi uma diferença de expectativas entre lideranças, colaboradores administrativos e na linha de produção. Segundo Violante, “no grupo de executivos, nota-se uma preocupação muito mais voltada para gestão de pessoas. O que os executivos mais esperam da companhia para ter uma boa experiência no dia a dia na empresa, é que eles tenham boas ferramentas e suporte para alavancar a gestão de pessoas, alavancar o engajamento. A experiência do executivo está diretamente relacionada à condição de liderança, onde ele espera poder fazer essa gestão com o mais alto nível”.
Já no caso do setor administrativo, a maior expectativa está no desenvolvimento. “as pessoas querem mais oportunidades de crescer, eles querem sentir que a liderança está cuidando desse desenvolvimento, com investimento e feedbacks claros”, completa Violante.
Isso mostra como a gestão de pessoas é crucial dentro das estratégias de Employee Experience das empresas.
Um outro exemplo de como a empresa tem ouvido seus colaboradores, é a decisão, pós pandemia, da volta ao escritório. Para a Mercedes, ir para o modelo totalmente híbrido, eliminando alguns postos físicos de trabalho se tornou um fato após uma série de pesquisas que a companhia liberou ao longo dos últimos 20 meses.
“Em 2 meses de pandemia, começamos a soltar pesquisas sobre como as pessoas estavam se sentindo, sobre as instalações de home office em suas casas, a comunicação da empresa, como ela se sentia em relação às medidas de segurança da companhia. Num segundo momento, perguntamos como as pessoas gostariam que fosse o futuro escritório, se gostariam que fosse híbrido, maior parte em casa ou na empresa. Focamos as perguntas para escutar as pessoas”, explica Violante.
Desta forma, a Mercedes adotou um modelo híbrido de trabalho, com espaços colaborativos onde seus profissionais precisarão agendar seu local de trabalho. A decisão pode não ter atendido à expectativa de todos, mas Violante explica que todas as opiniões foram consideradas e feedbacks foram dados, tanto para as ideias aceitas, quanto para aquelas que não poderiam ser implantadas, “É claro que não conseguimos agradar a todos, mas a gente ouve e dá feedback, se dá para fazer ou não, e explica porque não conseguimos”.