A Tetra Pak promove um evento anual chamado Learning Conferences, que vem do time global. Na conferência, são apresentadas jornadas com 80 sessões curtas de treinamento com diversos temas, para que os colaboradores possam se desenvolver. Franciele conta que “o tema desse ano foi “#stay relevant”, justamente para as pessoas entenderem a necessidade de buscar upskilling e reskilling e garantir que as nossas habilidades estejam sempre renovadas e em linha com o que o mercado busca e a empresa precisa atualmente”.
Além disso, a Tetra Pak incentiva que os colaboradores invistam 2 horas semanais para se dedicarem aos estudos e treinamentos oferecidos pela companhia. Apesar de saber da dificuldade de conseguir esse tempo, a empresa mantem contato com a liderança para ter apoio para que os colaboradores possam se desenvolver, inclusive por entender a importância para a sustentabilidade dos negócios. No caso dos funcionários das fábricas, a Tetra Pak também oferece jornadas de desenvolvimento que ajudam na capacitação tanto das hard quanto das soft skills, entendendo que existe essa possibilidade de haver migração de funcionários e a necessidade de uma colaboração multicultural também dentro da fábrica.
Atualmente, a empresa trabalha também com uma plataforma que permite que o colaborador customize o seu aprendizado, tanto com a escolha dos conteúdos a serem estudados, quanto com o tempo em que ele vai se dedicar a eles. Além disso, a plataforma permite o compartilhamento das jornadas com colegas, para que haja troca de experiência e maior incentivo aos estudos dentro da organização.
“Essa personalização e a utilização de ferramentas que permitam o protagonismo do funcionário são parte de um movimento interno para que a organização saia da cobrança e entre, de fato, na cultura de aprendizagem, onde o colaborador se torna um lifelong learner e possa investir no conhecimento o tempo todo”, comenta Franciele. A Tetra Pak enfrenta o desafio de como fazer esse movimento ao mesmo tempo em que mudanças internas acontecem e como priorizar os temas para criar e solidificar a cultura de aprendizagem.
“A liderança tem papel fundamental, no trabalho conjunto com o RH para transformar o mindset dos colaboradoes para entender que eles sejam protagonistas da sua carreira e do seu desenvolvimento. Para isso, existem algumas metas que são colocadas pela liderança e fazem parte do processo de avaliação do colaborador e que ajudam a manter uma análise dos resultados e que o líder possa entender como melhor engajar aquele colaborador”, explica Franciele.
Ao mesmo tempo, o RH tem ações semanais, com check-ins, comunicações que trazem as perspectivas do mercado, artigos sobre temas relevantes e que ajudem a motivar os colaboradores. Essas ações tem impacto no engajamento a longo prazo, porque faz com que os funcionários se sintam acolhidos e pertencentes aquela cultura. Entre as ações, está o uso de uma rede social interna da empresa para divulgar os treinamentos.
E, como forma de melhorar o engajamento, o RH se reinventou e passou a utilizar vídeos curtos, com colaboradores sendo embaixadores dos treinamentos e o “rosto” de cada divulgação. Essa mudança criou uma identificação entre as pessoas, porque elas reconhecem pares e líderes em cada comunicação e acabam interagindo com a publicação e se inscrevendo nas trilhas.