Estudos & Pesquisas

A sua persona fala inglês? A experiência no Ongoing.

Fabiana Dutra

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EF - Persona

Construção da Persona

Quando iniciamos um processo de mapeamento de jornada em EX (Employee Experience) a primeira etapa deste é a construção da persona.

Persona é uma ferramenta de mapeamento de jornadas. Sendo assim, é o primeiro passo para desenharmos as experiências. Elas se caracterizam por ser um perfil que representa um grupo específico de pessoas, ou seja, não é um estereótipo, e sim, a representatividade de um grupo de pessoas e comportamentos, a qual foi criada com base em dados de pesquisas reais.

O EX vem do Design Thinking, o qual coloca os problemas do colaborador no centro do processo de resolução de problemas e analisa os problemas e soluções do ponto de vista dela, não da organização.

Construímos as personas para nos ajudar a entender as necessidades, experiências, comportamentos e objetivos.

É uma ferramenta que nos ajuda na isenção no momento de desenhar as experiências, tornando essa atividade menos complexa e mais focada no outro.

Mas se construímos essas personas olhando apenas questões demográficas e comportamentais, podemos ignorar momentos no dia a dia do colaborador, como reuniões, viagens, benchmarking que exigem alguma habilidade específica para a realização da sua atividade. O que certamente irá gerar sentimentos de insegurança e baixa auto estima, logo não irão performar em sua plenitude.

A experiência das pessoas dentro das organizações multinacionais passa por inúmeras interações em outros idiomas. E quando essas interações são realizadas de forma insegura, por não ter a habilidade de se comunicar os talentos individuais podem não ser compreendidos e consequentemente as empresas perdem em inovação.

Me recordo de ler uma pesquisa de um estudo suíço de 2012 que mostra que aprender um novo idioma altera as estruturas cerebrais, afetando as partes do cérebro responsáveis pela memória, pensamento consciente e pode torná-lo mais criativo. Ou seja, é um excelente investimento para o profissional e para as organizações. Afinal, estudar inglês deixa as pessoas, de acordo com este estudo, mais inteligentes pelo simples fato de melhorar suas habilidades cognitivas e analíticas. Em palavras simples, aprender uma língua estrangeira torna o cérebro mais forte e mais versátil.

Employee Experience no Ongoing

Quando falamos de Employee Experience no ongoing (fase do ciclo de vida do colaborador) significa falarmos em emoções geradas em cada ponto de contato do colaborador para a entrega da sua atividade. E, se você, profissional da área de Gente e Gestão, não entende o dia a dia da experiência do colaborador para realizar as atividades e quais habilidades que eles precisam, provavelmente você não irá considerar na criação das personas, alguma habilidade importante para a geração de performance e de valor para o negócio.

Sendo assim, minha dica para vocês é: Inclua o idioma nas suas personas. Como elas irão se sentir nas reuniões globais? Como elas irão se comportar em treinamentos globais? Qual o nível de entendimento? Ela poderá realizar benchmarking com outras regiões (países)?

Por isso, criar uma organização centrada na Experiência, vai muito além dos processos de recursos humanos. As empresas que criaram a cultura de EX dizem que a criação de EX abriu novos caminhos para o desempenho e que isso é radicalmente diferente de tudo o que eles viram no passado.

A mudança para EX representa a união de vários elementos-chave emergentes: Digitalização, Analytics, Design Thinking e Behavioral.

O que dizem os líderes?

Nas pesquisas da ELOX com alguns líderes de grandes multinacionais revelaram que as questões chaves mais comuns em EX no que tange às atividades são:

  • Conhecer as pessoas. Suas realidades no dia a dia da companhia. Com quem falam, se relacionam, processos que atuam, reuniões que participam. São conhecidas como seres humanos e não ativos ou capital.

Isto significa que começamos a perguntar:

Que insights podemos criar sobre as situações em que fazemos nosso melhor trabalho, como aprendemos, como inovamos e resolvemos problemas, como o idioma nos ajuda?

  • Preste atenção às jornadas, não apenas aos pontos de contato: EX, tem uma visão mais holística de todos as interações ou 'viagens' que um colaborador tem com uma empresa. Essas viagens incluem, mas estão limitadas, a 'Momentos que importam'.

A pesquisa mostra que as reuniões, viagens e benchmarking internacionais, são momentos que importam na experiência dos colaboradores. Pois eles se preparam não apenas tecnicamente, mas mentalmente e emocionalmente. E quando essa oportunidade acontece sem o idioma, ela se torna um “pesadelo” emocional.

Gosto de uma frase do Paul Davies (GE) que resume EX como: “Permitir que o nosso pessoal faça o melhor trabalho de suas vidas.”

Ou seja, se você não entender esse cenário, eles não irão conseguir fazer, e podem até perder o engajamento ou deixar a empresa.

Idioma e Employee Experience

A habilidade de falar outro idioma é algo que independe da empresa que você está atualmente, sendo assim, o protagonismo em buscar o seu auto desenvolvimento é um fato. Não espere um programa da empresa para se desenvolver. Mas o meu intuito aqui é trazer um olhar das experiências das pessoas no ongoing como vantagem competitiva.

O idioma inclui e aproxima as diversas culturas das empresas multinacionais. Amplia o desenvolvimento das pessoas em seus soft skills além de fomentar a cultura de aprendizagem e desenvolvimento, pois as pessoas passam a estudar em outros idiomas, tendo acesso a conteúdos de vanguarda. Mas de acordo com a pesquisa PANORAMA DO TREINAMENTO NO BRASIL 2020/2021, realizada pela a ABTD - Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento, o investimento em T&D aumentou em 2021, mas muito influenciada pela necessidade de preparar as lideranças para uma gestão digital.

Sabemos que o sucesso de programas de idiomas não é responsabilidade exclusiva do RH, mas sim deve ser compartilhada por toda a empresa. Me recordo de um programa construído com a Hult EF para acelerarmos um grupo de líderes e especialistas. Foi essencial o envolvimento do C-Level da companhia pois além de aumentar o engajamento das pessoas, as conexões internacionais se intensificaram e proporcionaram maior troca de experiências e práticas para o negócio, o que consequentemente, trouxe melhores resultados para a região.

Desenvolver programas que reconheçam colaboradores altamente engajados ou com grande evolução no aprendizado do inglês ajuda a aumentar a participação de todos os colaboradores nesse tipo de iniciativa.

Definir horários de estudos, auxiliar na construção de planos de estudos e incentivar discussões e conversas em inglês, são algumas das ações que esse programa nos proporcionou. O que nos ajudou a criar o hábito do idioma dentro da organização. E isto foi tão eficiente, que aumentamos em 1 ano 5% do nível do idioma. O que é muito. Pois isto significou até dois níveis na grade de idiomas internacional.

A Experiência das pessoas gera vantagem competitiva para as organizações, e o Inglês é essencial para o desenvolvimento de empresas. Pois com ele, os profissionais deixam de enxergar as interações com o idiomas como barreiras e passam a enxergar como oportunidades.

Mas você pode estar pensando: “Fabiana, atuo em uma empresa nacional, então não preciso me preocupar muito. “ E eu lhe digo, muito pelo contrário! Ter o idioma em uma atuação nacional te torna um profissional diferenciado, pois você pode acessar conteúdos que não são buscados e consequentemente você pode propor ideias e inovações já praticadas em outros países, gerando maior vantagem competitiva!

Vou falar mais a respeito em um próximo artigo! Fique ligado!

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