Retenção e desenvolvimento de talentos por meio do aprendizado de idiomas

Fizemos uma pesquisa com 1.175 líderes de RH e de Aprendizagem e Desenvolvimento em todo o mundo, que trabalham para grandes empresas multinacionais, para avaliar o impacto causado pela proficiência linguística, especialmente em inglês, na retenção de talentos. Este informativo apresenta as principais conclusões do nosso estudo.

Em um nível muito básico, para funcionarem corretamente, as pessoas dentro de uma organização precisam entender umas às outras, linguística e culturalmente; necessitam colaborar, compartilhar conhecimentos, aprender novas habilidades, inovar em conjunto e trabalhar da melhor forma com clientes e fornecedores externos.

Os funcionários estão mais ansiosos do que nunca em adquirir um maior desenvolvimento profissional que lhes proporcione oportunidades e satisfação na sua vida profissional. Mesmo quando o desenvolvimento está disponível, o acesso aos meios depende muitas vezes da proficiência em outro idioma, o que prejudica as perspectivas dos funcionários mas, em última análise, também limita a organização e sua capacidade de liberar (e reter) o poder da sua força de trabalho.

Depois do salário, a falta de progressão na carreira e a falta de programas de treinamento  e desenvolvimento são a segunda e terceira razões mais citadas para um pedido de demissão. Em termos de idioma, esses dois conceitos interligados são, até certo ponto, a mesma coisa, uma vez que o desenvolvimento na carreira profissional depende frequentemente da aptidão linguística. Por exemplo, dependendo da sua localização no mundo, os cargos de direção e executivos podem estar disponíveis apenas para quem tiver um elevado nível de proficiência em inglês.

Noventa e seis por cento das empresas que fizeram parte da nossa pesquisa já oferecem ensino de idiomas aos funcionários em pelo menos uma língua. Isso mostra que os líderes de Recursos Humanos e de Aprendizado e Desenvolvimento reconhecem cada vez mais a necessidade fundamental do ensino de idiomas como um elemento central do negócio e como capacitador de equipes.

Em outras palavras, se a retenção de talentos depende do ensino e do desenvolvimento, e se o conhecimento de um idioma  é um objetivo essencial de desenvolvimento para os indivíduos e para as empresas, o mundo do trabalho moderno exige o ensino de idiomas como uma  estrutura básica para reter e desenvolver a sua força de trabalho.

O conhecimento de um idioma estrangeiro e a comunicação são, por si só, habilidades extremamente importantes para serem fortalecidas e também permitem o acesso a um maior desenvolvimento.

Além do fato de que os recursos online em nível mundial estarem principalmente em inglês, a maioria dos programas de treinamento internos das empresas internacionais também é ministrada em inglês, de acordo com nosso estudo (60%). Normalmente, treinamentos em matéria de liderança e habilidades técnicas podem, dessa forma, estar fora do alcance das pessoas com baixo nível de proficiência em inglês, criando um "teto de vidro" reforçado pelo idioma. Sete  em cada 10 líderes de RH e A&D admitem que os funcionários com baixo nível de proficiência em inglês enfrentam uma participação limitada e têm menos probabilidades de serem promovidos.

Em certos grupos, tais como mulheres e jovens, cuja  proficiência em inglês está sendo reduzida em todo o mundo, esses preconceitos podem levar ao desequilíbrio do desenvolvimento de carreira na sua força de trabalho.