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Ambidestria organizacional: tendência faz de executivos agentes de mudança

Tarsiane Diniz

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Ambidestria Organizacional

Modelo de gestão que tem ganhado cada vez mais importâncias nas corporações torna possível lucrar e inovar ao mesmo tempo

O ponto mais importante que a ambidestria organizacional traz é a capacidade de gerenciar o core business, atingindo melhores resultados, ao mesmo tempo em que cria novos negócios, produtos e serviços – isto é, lucrar e inovar simultaneamente.

Cenário almejado por qualquer que seja a companhia, a expressão "empresa ambidestra" tem ganhado cada vez mais relevância nas discussões acerca das práticas de gestão das corporações.

O desafio é grande, mas tem sido recebido de maneira entusiasmada pelas companhias, que entendem que inovar tem, claro, como objetivo dar mais força aos negócios no presente, mas também tem um propósito maior, a longo prazo, que é preparar a empresa para o futuro.

As duas metas, neste caso, caminham juntas. Afinal, a adaptação e a flexibilidade organizacional são fundamentais para manter a competitividade das empresas hoje em dia. Mas como criar uma empresa ambidestra? Quais são os princípios da ambidestria organizacional e como os executivos podem incorporá-los ao seu modo de trabalhar?

Princípios da ambidestria corporativa

O termo "ambidestria organizacional" foi usado pela primeira vez na década de 1970, mas ganhou mais relevância na virada do século. A ambidestria corporativa é baseada em três princípios fundamentais: mentalidade, liderança e estrutura organizacional.

Mentalidade

Para se tornar uma empresa ambidestra, é preciso ter uma mentalidade voltada para inovação e adaptação. Os líderes da corporação devem estar sempre em busca de novas ideias, novas formas de fazer as coisas e novos mercados a serem explorados.

Para incorporar essa maneira de pensar, é necessário estimular o aprendizado organizacional e a inovação em todos os níveis da organização, missão que torna fundamental que a companhia invista em executivos alinhados a essa proposta, em especial um CEO ambidestro.

Os líderes devem incentivar a experimentação e a gestão de riscos, reconhecendo que nem todas as iniciativas serão bem-sucedidas. No entanto é preciso aprender com os erros e continuar buscando novas soluções.

Liderança

A liderança é fundamental para a criação de uma empresa ambidestra, pois os líderes devem ser ambidestros, ou seja, capazes de gerenciar o core business e, ao mesmo tempo, buscar inovação. Os Líderes do Futuro precisam ser capazes de lidar com incertezas, riscos e mudanças constantes.

Para desenvolver líderes ambidestros, é preciso investir em programas de treinamento e desenvolvimento, que enfatizem a importância da inovação e da adaptação. É importante também incentivar a colaboração entre as áreas, criando equipes multidisciplinares que possam trabalhar em conjunto para desenvolver novas soluções.

Estrutura Organizacional

A estrutura organizacional é um fator chave para a ambidestria corporativa. As empresas devem criar uma estrutura flexível e adaptável, capaz de lidar com mudanças constantes e de responder rapidamente às novas oportunidades.

Isso inclui ter equipes dedicadas à inovação e novos negócios, bem como uma cultura organizacional que valoriza a experimentação e o aprendizado contínuo. É preciso ter processos ágeis e flexíveis, que permitam a gestão de riscos de forma segura.

Benefícios da Ambidestria Organizacional

As empresas que adotam a ambidestria organizacional têm vários benefícios. Em primeiro lugar, elas são capazes de se adaptar mais rapidamente às mudanças no mercado, pois têm uma cultura de inovação e experimentação. Além disso, essas empresas são capazes de aproveitar novas oportunidades de negócios e diversificar suas fontes de receita.

Outro benefício da ambidestria é que ela ajuda a preparar a empresa para o futuro. Ao criar novos negócios e produtos, as empresas ambidestras estão se preparando para as mudanças no mercado e se antecipando às necessidades dos clientes.

Um estudo publicado na Harvard Business Review em 2004 mostra que, quando se trata de lançar produtos ou serviços inovadores, a ambidestria é fundamental. Enquanto a taxa de sucesso observado nas empresas com outros comportamentos foi baixíssima, mais de 90% das organizações ambidestras atingiram seus objetivos.

A situação se intensificou bastante nas últimas duas décadas, principalmente depois da pandemia de Covid-19. A pesquisa Liderança no Século 21 - Lições de uma Pandemia, liderada por Vicki Culpin, docente da Hult International Business School, mostra que líderes não podem mais evitar ambientes de volatilidade e complexidade.

A liderança moderna precisa se sentir confortável com a incerteza, ter autoconsciência e autoconfiança para tomar decisões rápidas, mas ponderadas, em questões ambíguas, e se comunicar de forma consistente, clara e aberta.

Liderança ambidestra: como entrar no caminho da inovação e da adaptação

Adaptabilidade no trabalho, flexibilidade organizacional, capacidade de lidar com incertezas, riscos e mudanças constantes. Embora não façam parte da lista tradicional de habilidades de lideranças, essas competências já se tornaram essenciais. O cenário atual do mundo pede líderes que sejam ágeis e preparados para tempos turbulentos.

Os melhores líderes e empresas são ambidestros, ágeis e criativos. Administram os desafios com atenção e são agressivos na busca por melhorias. Na Hult EF, apoiamos o crescimento de líderes capazes de levar à transformação em grande escala através do programa de Inovação e transformação digital.

Nós acreditamos que, embora processos e tecnologias sejam importantes, a inovação é impulsionada pelas pessoas. Assim, nosso principal objetivo é tornar a inovação um negócio de todos e uma parte fundamental da liderança.

Tarsiane Diniz

Tarsiane Diniz

Latin America Communication, Marketing & Social Transformation Director at Hult EF

Marketing, Public Relations, and Social Transformation Professional always willing to bring her creative eye and energy to connect people and common goals.

I believe my career is not about the digital campaigns I launch or the events I host. It's about the positive impact I can generate, about the transformations I lead and the results I produce for my team, the company I work for, and society.

My life trajectory has made me a person who “dreams big”, which makes me see opportunities in all places and people. People can change the world and the differences between us make the world better.

Get in touch on LinkedIn https://www.linkedin.com/in/tarsianediniz

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