O processo de contratação e desenvolvimento de carreira muitas vezes se resume a fatos mensuráveis: seu currículo e realizações. Habilidades humanas que vão além da mensurabilidade são rotuladas como 'soft skills', um termo que trivializa seu valor (em oposição a 'hard facts') e é frequentemente associado ao feminino.
De fato, as mulheres se destacam em 'soft skills'. Para remover o viés da linguagem, isso significa que elas são excelentes em lidar com pessoas e tarefas organizacionais. Entre as habilidades interpessoais mais valiosas promovidas por mulheres está a comunicação. Parte disso se deve ao fato de que as mulheres geralmente se comunicam com a intenção de se conectar, enquanto os homens têm a tendência de compartilhar conhecimento. Em um ambiente de trabalho dominado por telas, os profissionais hoje anseiam fundamentalmente por conexão humana por meio de autenticidade, transparência e empatia, todos impulsionados por uma comunicação bem-sucedida.
Essa vontade de se conectar é uma das razões pelas quais as mulheres são preferidas como líderes por aqueles que trabalham sob sua supervisão. Em um estudo recente, muitos relataram sentir mais apoio de gerentes do sexo feminino, inclusive em orientação e desenvolvimento, e na criação de valor em suas equipes. Da mesma forma, líderes femininas em um estudo separado demonstraram mais competências 'criativas', o que significa que obtiveram pontuações mais altas do que os homens em relação a autoconsciência e autenticidade. Líderes que são mais 'criativos' do que 'reativos' comprovadamente são mais eficazes.
Empresas antigas sofrem cronicamente com culturas de comunicação e colaboração subdesenvolvidas, duas áreas-chave para o sucesso de qualquer organização. Claro que não é algo exclusivo das mulheres, mas duas caracterísicas marcantes entre grande parte delas são colaboração e comunicação. E esse é só um dos benefícios de ter equilíbrio de gênero nas empresas.