Como desenvolver e manter equipes saudáveis, permitir o trabalho colaborativo e criar um senso de pertencimento para todos neste novo mundo do trabalho são questões que vêm sendo enfocadas cada vez mais à medida que a crise se resolve.
Embora muitas líderes de nosso estudo tenham sentido um forte senso de equipe e de união durante a crise, com o surgimento da fadiga do Zoom e da exaustão geral, essas líderes ficaram cada vez mais preocupadas. Uma líder comentou: “Acho que hoje é mais fácil se concentrar só nos negócios, e você pode facilmente se esquecer de que está trabalhando com pessoas...”
O trabalho pode ter um impacto enorme na saúde mental; pode promover o bem-estar ou desencadear problemas. Durante a crise da pandemia, a velocidade das mudanças foi inédita, e o impacto disso no bem-estar é significativo.
Para algumas pessoas, as fronteiras borradas entre a vida profissional e a vida privada têm trazido um enorme benefício para a vida familiar. Para outras, trabalhar em casa e fazer videoconferências o dia todo não é tão fácil, o que resulta em fadiga, estresse e irritabilidade. Esta citação de uma líder foi repetida por muitas outras: “Tenho sentido este borrão entre trabalho e vida privada, tudo misturado”.
Por motivos semelhantes, o bem-estar dos colegas e funcionários é outra grande preocupação dessas líderes, juntamente com o reconhecimento dos medos e incertezas deles no que diz respeito a saúde, trabalho, segurança financeira e déficits de habilidades para o futuro. O bem-estar dos funcionários é menos perceptível no ambiente virtual: “As pessoas ficam menos visíveis, é mais difícil captar sinais não verbais”. Há menos oportunidades de observar como as pessoas se sentem e de captar os sinais não verbais e os níveis de energia.
Como mulheres, muitas dessas líderes sentem que estão perdendo a oportunidade de dar e receber cuidados. Não poder, no mínimo, colocar a mão no ombro de alguém é algo que tem um grande peso.