Após viralizar no TikTok e ganhar cada vez mais relevância no LinkedIn, a demissão silenciosa desafia os executivos de Recursos Humanos das empresas
O termo quiet quitting (demissão silenciosa) fez a trajetória improvável de sair do TikTok para o feed do LinkedIn, momento em que se tornava uma das principais conversas entre os líderes de Recurso Humanos conectados com o presente.
O fenômeno, que surgiu nos últimos anos e ganhou impulso com a pandemia, ganhou notoriedade no segundo semestre de 2022, quando a hashtag #quietquitting teve mais de 100 milhões de visualizações na rede social de vídeos curtos – e, de lá, ocupou espaço definitivo no mundo corporativo.
A demissão silenciosa, como o termo costuma ser traduzido para o português, não é uma demissão. Trata-se de uma decisão consciente dos funcionários de uma organização de limitarem suas tarefas às estritamente necessárias dentro da descrição de seu trabalho, evitando sobrecarga e priorizando seu bem-estar e qualidade de vida no trabalho.
O quiet quitting nasce como uma resposta ao esgotamento, ao burnout e ao assédio moral, e caminha na direção de uma gestão de pessoas que seja mais humana e transparente.
Os líderes empresariais em geral, mas particularmente os líderes de RH e o CHRO, precisam dar atenção especial a este tema – que, embora ainda não seja tão popular no Brasil, tem o potencial de causar grandes impactos nas organizações. É preciso buscar uma construção que passe pelo crescimento de uma liderança humanizada, com escuta ativa e planejamento, entre outras ações vitais para um ambiente de trabalho saudável.